De uma maneira geral, o relevo dos Açores é bastante acidentado e robusto: quase todas as ilhas são percorridas, por montanhas com duas vertentes (norte e sul), semeadas de cones vulcânicos e retalhadas por grandes ravinas e vales estreitos e profundos por onde correm ribeiras confusas. Os aspectos morfológicos das ilhas derivam dos tipos de erupção e do estado de erosão que sofreram. Há ilhas que assumem a forma simples de um cone (Corvo e Faial), enquanto outras se caracterizam por formas de associação entre diversos maciços vulcânicos ligados por plataformas com níveis de declive variáveis (São Miguel ) ou por formas eruptivas alinhadas ao longo de fendas (São Jorge). Noutros casos verificam-se formas mistas.
As grandes lagoas que caracterizam algumas das ilhas dos Açores são também uma prova viva da actividade vulcânica: situadas em cones vulcânicos, elas são depressões que resultaram do abatimento superior das crateras vulcânicas. Na ilha de S. Miguel, a das Sete Cidades, característica pelas cores azul e verde das águas, é um dos exemplares mais representativos.
Para além das formas de relevo tipicamente vulcânicas ainda bem conservadas (como são os cones e as caldeiras), e das recentes erupções (Capelinhos, 1957-58) que atestam a existência de um vulcanismo activo, existem também as manifestações vulcânicas secundárias (fumarolas) bastante significativas em algumas ilhas.
Dada a sua origem, as rochas que predominantes nas ilhas dos Açores são sobretudo vulcânicas: basalto, cinzas vulcânicas, mais ou menos consolidadas, tufos, pedras-pomes.
A costa alta e escarpada, dá por vezes lugar às, “fajãs” que se formam entre as arribas e o mar, por acumulação na base das arribas, dos sedimentos transportados pelos cursos de água. As fajãs são áreas cujo solo fértil constitui um importante atractivo à fixação das populações. A agricultura e a pecuária são de facto importantes actividades económicas da população das ilhas dos Açores.
DS |